domingo, 26 de julho de 2009

Fotos do Pantanal

Novela Bixo do Mato -Pantanal

Costumes


Tem poucos bens, sendo a sua vida livre a sua maior riqueza. Vive isolado, possui hábitos simples. Conserva um folclore rico e produz um artesanato bastante variado e bem elaborado.

A música pantaneira sofreu forte influência da música fronteiriça, especialmente do Paraguai. As danças populares guardam a memória das múltiplas influências culturais do Pantanal. O siriri é uma dança alegre e exuberante, substitutiva dos bailes das cidades. E dançado aos pares que executam coreografia diferente conforme vão se alternando as cantigas, acompanhadas da viola de cocho, reco-reco e batuque ou percussão executada no mocho, banco coberto de couro.

O Cururu é uma dança que tem caráter ao mesmo tempo sagrado e profano. Para alguns é de influência afropredominante, para outros é de origem indígena. Independentemente de suas raízes , encorpou elementos culturais dos colonizadores, dos negros e dos índios. É uma dança só de homens, executadas em louvoz a esse ou aquele santo.Dança dos Mascarados A cantoria do Cururu abre espaço não só à louvação dos santos, permitindo também a crítica às relações temporais profanas. A dança em roda, desenvolve-se na direção dos ponteiros do relógio, acompanhada pela viola de cocho e reco-reco .

Os instrumentos musicais são produzidos pelos próprias tocadores, dando lugar a que cada qual tenha seu toque particular. A viola de cocho, a rede, o pote e o santo são os signos da moradia tradicional do pantaneiro.

A Dança dos Mascarados sobrevive em Poconé. Boi-a-Serra, Congo, Dança de São Gonçalo, Festa de São Beneditoe do Divino ainda estão preservadas em vários pontos do Pantanal.

Economia

Surgiram mais tarde, consolidando definitivamente o domínio do colonizador sobre a extensa região do Pantanal.

Inicialmente, o interesse dos colonizadores era a extração do ouro. Em função do ouro, estabeleceu-se um comércio com a metrópole e com os principais centros da Colônia. Para o sustento das minas, faziam-se roças e criava-se algum gado, o que levou ao início de uma ocupação discreta do Pantanal.Fartura Pantaneira - O Pacú e o Pintado

O estabelecimento de fazendas no Pantanal no século XVIII e primeira metade do século XIX se fez em torno dos núcleos urbanos de Poconé e Cuiabá, ao longo das margens do rios Paraguai, Cuiabá, Piquiri e São Lourenço.

A criação de gado era a principal atividade das antigas fazendas, cujo padrão de ocupação consistia na casa da sede, rancho dos camaradas, curralama e casa de engenho. A criação de gado era extensiva e de fácil manejo, graças aos pastos sempre verdes, aguada e salinas ou saleiros naturais.

O gado pantaneiro trazido de São Paulo pelos portugueses foi introduzido no Pantanal em 1730. As matrizes desse gado eram de raças vindas do Alentejo e mestiçadas com zebu, chino e caracu. Os fazendeiros de Mato Grosso importaram reprodutores de raça Franqueira, de Minas Gerais.

Nos campos do Pantanal, a degeneração dessas raças produziu um tipo de gado miúdo denominado baguá.

A vida das antigas fazendas do Pantanal era marcada pelo ciclo da criação do gado.

O gado vivia livremente em grandes manadas espalhadas pelos campos. Por si mesmos localizavam as salinas, pastavam as gramíneas tenras e macias e refugiavam nas "Cordilheiras" durante o pico das cheias. O ciclo anual das atividades do pastoreio era definido pela reunião do gado e separação das vacas com suas crias. Os bezerros eram levados para os currais em vaquejadas" para se fazer a marcação que iria distingui-los e assegurar a propriedade de seus donos na divisão comum dos campos do Pantanal.

O Pantanal tem múltiplas potencialidades econômicas. Com sensibilidade, comporta muitas iniciativas geradoras de riqueza.

O pantaneiro preservou a memória de parte do saber indígena sobre o meio ambiente o que certamente permitiu-lhe elaborar um diálogo franco e aberto com a natureza.

Os peões do Pantanal conhecem todos os segredos da lida com o gado, são excelentes cavaleiros exímiono laço e corajosos caçadores. Esses homens rudes, com pouca ou nenhuma alfabetização, possuem extraordinária sensibilidade na sua relação com a natureza, demonstrando invejável delicadeza no trato com a fauna e a flora. Prezam a liberdade dos campos e vivem em contato íntimo com a natureza, dela retirando sua subsistência, seus remédios e suas esperanças, denominado de HOMEM PANTANEIRO é o maior ecologista natural do Pantanal.