domingo, 26 de julho de 2009

Hidrografia do Pantanal

O rio Paraguai juntamente com o rio Cuiabá formam a espinha dorsal da teia das águas que formam o imenso delta interior doVisão das baías do Pantanal Pantanal. Suas águas em território brasileiro percorrem mais de mil quilômetros e vão sendo engrossadas no sentido norte-sul pelos rios Cabaçal, Sepotuba, Jaurú, Cuiabá-São Lourenço, Piquiri, Negro, Taquari, Aquidauana, Miranda e Apa. Os cursos caprichosos desses rios, combinados uns aos outros, como a trama dos fios que lavram o bordado das redes cuiabanas, vão compondo a paisagem das águas com lagoas, corixos, salinas, baías e vazantes. É ao fluxo e refluxo das águas do Pantanal, em contínuo movimento, palpitam as milhares de vidas que, em harmoniosa interação com o ambiente, formam um ecossistema único, sem similar em todo o mundo.

Com declividade variante entre 1 e 2cm por quilômetro, no sentido norte-sul, as terras planas e baixas são mansamente inundadas durante a estação da cheia. Por entre quilômetros e quilômetros de áreas inundáveis, surgem pequenas elevações arenosas, de poucos centímetros, denominadas simbolicamente de "cordilheiras", refúgio dos animais da planície durante as cheias.

As águas das cheias não ficam fechadas, nem estagnadas. Escoam mansamente da planície bem drenada para o leito dos rios, durante a seca, deixando em seu rastro num ambiente fértil, onde crescem e viçam variadas espécies vegetais, especialmente de gramíneas de que se alimentam os famintos animais que permaneceram ilhados durante o período de pico da cheia.

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